Você aí gosta de uma cachoeira? Aparentemente – e sem qualquer base científica para dizê-lo –, o número de visitantes em cachoeiras aumentou durante a pandemia do coronavírus. Eu mesmo passei a ser um frequentador. E gostei do que vi. Só me arrependo de não ter iniciado essa jornada antes. Agora, com algumas cachus na bagagem, inicio uma série de reportagens com relatos dessas belezas naturais. E a primeira parada será em Faxinal.

Peguei o carro e fui até Faxinal, uma cidade de 16,3 mil habitantes no Vale do Ivaí e que tem ao menos 70 cachoeiras catalogadas. Nem mesmo os moradores de lá conhecem as quedas d’água. Tive sorte. Ao parar em um posto de gasolina logo nas primeiras ruas da cidade, perguntei a um motorista onde ficava a cachoeira mais perto ou de mais fácil acesso. E ele me indicou: “siga reto essa rua, vai entrar na estrada de terra. Vá até o final, vira à esquerda, depois à direita e chegou na cachoeira”.

Segui as orientações e não demorou muito para encontrar a famosa Chicão 1, um salto de 25 metros de altura com uma piscina natural para nadar e ficar curtindo o local por ali. Depois de um mergulho nas quedas e uma cervejinha (com o lixo devidamente recolhido), pegamos a trilha lateral, um pouco mais longa e um pouco mais difícil, para conhecer a Chicão 2, esta com 58 metros de altura e também com um lugar gostoso para nadar. Apesar do calor escaldante, a água é muito gelada. Mas, acostuma-se com o tempo.

De volta na trilha, armei a churrasqueira portátil no topo da Chicão 1, perto da água, para podermos fazer um churrasquinho e tomar alguma coisinha. Isso é muito importante: depois de terminar os comes e bebes, é preciso recolher o lixo e certificar-se de que o fogo foi apagado, que não fique nenhuma fagulha, faísca ou brasa. Cuidar da natureza é essencial para que esses lugares sejam visitados e vistos por muita gente. Nenhuma dessas duas belezas têm taxas cobradas para visitar.