O papa emérito Bento XVI, um dos mais importantes e influentes teólogos vivos no mundo contemporâneo, completou 93 anos de vida na última quinta-feira (16), com uma festa sem visitas e recheada de orações voltadas às vítimas do coronavírus. Afinal, assim como seu sucessor, o papa Francisco, ele faz parte do grupo de risco daqueles mais suscetíveis a contrair a Covid-19.

Um presente foi especial neste aniversário: a biografia Bento XVI – uma vida, escrita pelo jornalista alemão Peter Seewald, com data marcada de publicação para 4 de maio. É o mesmo autor de outros livros-entrevistas com o papa emérito, como Luz do mundo e Últimas conversações. O papa emérito, antigo cardeal Joseph Ratzinger, anunciou sua renúncia no dia 11 de fevereiro de 2013, pegando mundo inteiro de surpresa.

Lembro-me que era uma manhã de feriado, um dia depois de meu aniversário. Eu estava em casa, de folga, mas, fui acionado pela Gazeta do Povo para escrever um texto contando um pouco da personalidade do Santo Padre, afinal, dois anos antes eu havia participado da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) em Madri, na Espanha, com a presença do Sumo Pontífice.

Quando ele renunciou, entretanto, logo percebi que sua atitude era a de um homem sábio, que saía de cena para permitir que a Igreja pudesse avançar século XXI adentro. E aí está, o velhinho completando 93 anos completamente lúcido, embora realmente mais fraco por conta da idade avançada.